Biopoder em Foucault: aspectos empíricocriminológicos da gestão da vida e da morte das pessoas encarceradas

Marina Lima Ferreira

Resumo


Trata este trabalho de um estudo do como do biopoder, em sua gestão da vida e da morte das pessoas encarceradas. Como proposta, pretendemos passar por conceitos especialmente importantes na obra de Foucault, tais como as noções de biopoder, saberpoder, e as definições intrincadas de soberania, disciplina, gestão, verdade, de forma a torná-las aptas a sustentar a experiência empírica de controle de populações que apresentamos, centrada no cárcere. Que vidas valem a pena ser vividas – ou serem feitas viver? Que mortes são plenamente matáveis? Que mecanismos dizem quem vive e quem morre? Há estruturas que
precarizam a vida de ninguéns em prol da purificação do geral; e o que buscamos, dentro do marco do biopoder, é a crítica do cárcere enquanto uma de tantas estratégias de dominação.


Palavras-chave


Foucault – biopoder – cárcere – crítica

Texto completo:

PDF

Referências


BARATTA, A. Criminologia crítica e crítica do direito penal. Introdução à sociologia do direito penal. 6. Ed., Rio de Janeiro: Revan, 2011.

BATISTA, V. M. O medo na cidade do Rio de Janeiro: dois tempos de uma história. 2. Ed., Rio de Janeiro: Revan, 2003.

FOUCAULT, M. Do governo dos vivos. Curso dado no Collège de France (1979-1980). São Paulo: WMF; Martins Fontes, 2014.

___________ . Em defesa da sociedade. Curso no Collège de France (1975-1976). São Paulo: Martins Fontes, 2005.

___________ . Microfísica do poder. 25. Ed., São Paulo: Graal, 2012.

___________ . Os anormais. Curso dado no Collège de France (1973-1974). São Paulo: Martins Fontes, 2006.

____________. Subjectivité et verité. Cours au Collège de France (1980-1981). Paris: Seuil/Gallimard, 2014.

____________ . Vigiar e punir: nascimento da prisão. 39. Ed. Petrópolis: Vozes, 2011.

GENELHÚ, R. O médico e o direito penal, v. 1: introdução histórico-criminológica. Rio de Janeiro: Revan, 2012.

GIORGI, A de. Tolerancia cero: estrategias y prácticas de la sociedad de control. Barcelona: Virus Editorial, 2005.

GOFFMAN, E. Manicômios, prisões e conventos. 8. Ed., São Paulo: Perspectiva, 2010.

RAUTER, C. Criminologia e subjetividade no Brasil. Rio de Janeiro: Revan, 2003.

RUSCHE, G. KIRCHHEIMER, O. Punição e estrutura social. 2. Ed. Rio de Janeiro: Revan, 2004.

SILVA, J. K. do N. Sentencing: o que importa na formação de uma decisão penal? Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 18, n. 3801, nov./2013.

WACQUANT, L. Punir os pobres: a nova gestão da miséria nos Estados Unidos; 2. Ed., Rio de Janeiro: Revan, 2003.

ZACCONE, O. Indignos de Vida. Rio de Janeiro: Revan, 2015.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.