“Marcha soldado, cabeça de papel, quem não marchar direito vai preso pro quartel”: Direitos Humanos e reconhecimento na profissão policial militar

Priscilla Alves Carício, Fábio Gomes de França

Resumo


Acreditamos que, no tocante às instituições policiais militares, mesmo passados 25
anos da consolidação da “Constituição Cidadã”, ainda estamos por enxergar no regime
intramuros das casernas conflitos que envolvem o reconhecimento dos direitos dos
profissionais PM’s devido às regras institucionais impostas. Por esse esteio, e com base no andamento de uma pesquisa que enxerga nos trabalhos de Axel Honneth um vetor de entendimento de tal problemática, analisaremos, pois, o “reconhecimento” dos direitos policiais militares como forma de mostrarmos que só é possível humanizar-se quando essa condição antes é vivenciada por quem deve legitimar tal processo.


Palavras-chave


Humanização – Polícia – Reconhecimento

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